Eles sabem que não é fácil entrar no mercado, mas têm vontade de aprender e estão dispostos a começar com qualquer serviço. Os jovens de hoje porém, percebem que a geração de novos postos de trabalho não está acompanhando o crescimento da população, e que juntamente com o aumento do nível de escolaridade, cresce o nível de exigência nas empresas. É aí, nesse processo de seleção, que eles acabam muitas vezes ficando fora do mercado, já que não têm a tão requisitada experiência.
Por conta disso, a taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos no Brasil é 3,2 vezes maior do que a registrada entre adultos. Dos 22,2 milhões de jovens economicamente ativos (ocupados ou que procuram por uma oportunidade profissional), 17,8% estão desempregados.
Os dados são do relatório Trabalho Decente e Juventude no Brasil, organizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Assim como no resto do país, em Caxias, iniciantes encontram dificuldade em encontrar o primeiro emprego. No Sine há poucas vagas disponíveis para menores de 18 anos.
— Eventualmente aparece alguma. Mas são vagas mais simples, de auxiliar de marceneiro, vendedor pracista, office boy ou garçom — diz o coordenador da agência, Antonio Pescador.
Segundo o diretor da Multy Pessoal, Valter Franzosi, as vagas para iniciantes são muito mais reduzidas também nas agências de recursos humanos.
— Se tem formação mas não tem experiência, não participa de pelo menos 90% das vagas que existem no mercado. Isso é natural — diz Franzosi, ressaltando que nem no comércio, que antes era considerado porta de entrada, está fácil achar vagas para iniciantes.
JBE pesquisas
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