3 de jun. de 2012

Peixoto de Azevedo



Localiza-se no norte do Estado - Região Sul da Bacia Amazônica, na Amazônia Legal, a uma latitude 10º13'23" sul e a uma longitude 54º58'47" oeste, estando a uma altitude de 346 metros. Sua população estimada em 2004 era de 20 479 habitantes. Atualmente sua estimativa é de 29.995 habitantes sendo que a sua densidade populacional é de quase 2.02 habitantes por km quadrado segundo dados do IBGE. O município é nacionalmente conhecido por ser palco do segundo maior desastre aéreo do país, ocorrido em 29 de setembro de 2006.
Seu relevo é plano e ondulado com elevações formadoras da Bacias dos Rio Peixoto de Azevedo ( principal rio que deu origem ao nome da cidade ) e Iriri. Biológicamente seu solo é do tipo Latossolos ( vermelho e amarelo ). As suas madeiras mais comuns são: Angelin, Canela, Canelão, Garapeira, Jatobá, Cedro Amazonas, Champanhe, Itaúba, Mescla, Cambará, Amoreira, Massaranduba, Ipê, Peróba, Angico e Marupá.
Seu clima é equatorial.
Seus recursos hídricos é formado pelo Rio Peixoto de Azevedo e seus formadores, sendo eles: Pium, Peixotinho I, Peixotinho II e Piranha, também o Rio Xingú localizado na divisa ao leste do município e seus afluentes.
Suas reservas indígenas é formada pelas aldeias Kaiapó, Kapoto e Metuktire junto com a Reserva dos Índios Terenas, transferidos do Sul do Estado para este município no ano de 2002.
Sua economia tem como fonte principal a agricultura, sendo que o ouro, longe do que era na década de 80, ainda responde com uma parcela significativa no giro financeiro da cidade. A cada ano aumenta a área cultivada e o número de pessoas que passam a investir no campo. A pecuária também tem participação importante no contexto econômico peixotense. O comércio peixotense também passou por um momento de adaptação. Hoje o comércio local é composto por centenas de estabelecimentos que oferecem praticamente de tudo. Antes, o que era encontrado em outras cidades, já está disponível nas empresas peixotenses fazendo do município um pólo comercial da região. A criação de frangos, a pesca, a produção de farinha, as pequenas indústrias artesanais e as fábricas de móveis são outras áreas importantes de sua economia.
História
A célebre corrida em busca do ouro na década de 70, foi sem dúvida o início da história de Peixoto de Azevedo.
O nome do município denominou-se do referido Rio que banha seu território, que por sua vez, recebeu o nome em homenagem ao tenente de milícias Antônio Peixoto de Azevedo, que no ano de 1819, comandou uma expedição que deu nome ao rios Arinos, Teles Pires e Rio Sangue. Ao que se sabe, Antônio buscava alternativas de transportes praticados na época, em direção a capital paraense, cognominada de "Navegação Paranista."
São poucos os dados que se encontram nos registros históricos, daí a grande dificuldade de historiadores contemporâneos em relatar maiores detalhes dessa expedição.
Porém, sabe-se que a referida epopeia destes desbravadores não obteve resultados esperados, nem se quer satisfatórios, isso fez com que a expedição retornasse ao seu destino de origem.
Devido à isto, a região permaneceu bruta e intocada até chegar a década de 70, com o projeto do Governo Brasileiro de construir grandes estradas na Amazônia, dando origem à então famosa BR 163 aberta pelo 9º BEC - Batalhão de Engenharia e Construção. Em conseqüência, tudo isto inibiu a atividade garimpeira e a construção de barracas ao longo da rodovia.
No ano de 1979, grandes quantias de ouro são descobertos no local e a notícia se espalha tão rapidamente que chegam ao território, milhares de pessoas de diversas regiões, principalmente do Norte e Nordeste, em busca do enriquecimento rápido, do lendário "bamburro", provocando uma conhecida e inevitável "corrida do ouro". Também muitos colonos recém-chegados dos Estados do Sul, trazidos pelas colonizações públicas ou privadas, para os projetos de assentamentos agrícolas, tornaram-se garimpeiros.
Chegava-se a extrair dos garimpos Peixotenses, por anos a fio, a impressionante quantidade de mais de 1.000 quilos de ouro por mês. O impressionante é que Peixoto de Azevedo, foi responsável na década de 80, e início de 90, por cerca de 10% de toda a produção nacional de ouro.
Então foi nascendo um povoado local onde hoje é a Rua do Comércio, se expandindo e se tornando um grande aglomerado urbano. Então foi planejado e executado um trabalho neste intuito, por um grupo de pessoas representantes da sociedade de Peixoto.
Primeiro foi criada uma comissão pró-emancipação tendo à frente a Sra. Romilda Araújo e os Sres. João Amaro, Joaquim Fernandes dos Santos Filho, Djalma Viana, Atílio Neves eJosé S. de Oliveira dentre outros. Juntos conseguiram com muito sacrifício e esforços, elevar o povoado à condição de distrito, vinculado ao município de Colíder, na data de 16 de Dezembro de 1981 através da Lei nº 4389, sansionada pelo então governador Frederico Soares Campos.
Só que a instalação oficial do Distrito somente aconteceu , na data de 15 de Fevereiro de 1982 junto com uma grande solenidade festiva, marcado com a presença de ilustres autoridades políticas e judiciárias de Mato Grosso. Com isso, o distrito teve um crescimento fantástico fazendo com que todos lutassem por um criação imediata de um município. Todos contaram com o apoio do deputado Roberto Cruz, que não mediu esforços e elaborou um projeto de emancipação de Peixoto de Azevedo. Depois de muito trabalho, conseguira a aprovação da Assembleia Legislativa de MT e enviada para o Executivo Estadual. Sua emancipação político e administrativo ocorreu no dia 13 de Maio de 1986 através da Lei nº 4.999, promulgado pelo então governador do Estado da época Júlio José de Campos.
A implantação do Município ocorreu no dia 1º de Janeiro de 1987, tomando posse o primeiro prefeito Leonísio Lemos Melo Júnior, junto com a primeira Câmara de Vereadores eleitos. Foram eles:
  • Alvacir Gasparetto
  • Aniceto Bom Ami Rozanti;
  • José Ribamar Alves Guimarães;
  • Josafá Vieira de Araújo;
  • Milton José Santana;
  • Paulo Ferreira Oliveira;
  • Venício Catâni;
  • Vital Anselmo da Silva.
Nos anos 90, o confisco monentário do Governo Collor, trouxe muitos prejuízos atrapalhando simutaneamente o desenvolvimento do município. Após isto, o município aos poucos ganhava recursos. No começo do século XXI desde então, o município passou por diversas crises político e administrativo desacelerando ainda mais o seu desenvolvimento, mesmo assim a população nunca desistiu e ainda continua empenhando o seu papel de investir ainda mais. Hoje o município está com um avançado processo de desenvolvimento tanto rural quanto urbano onde aos poucos se percebem os ivestimentos dos proprietarios de estabelecimentos comérciais. Tudo isto deve-se ao grande retorno dos garimpos na região, que embora legalizados, irão garantir um grande avanço para o futuro.
Distrito União do Norte
O Distrito União do Norte teve origem devido a explosão populacional ocorrida no início de Peixoto em busca da riqueza do ouro descoberto. No ano de 1991, o senso populacional apurou mais de 37.000 habitantes no município. No mesmo ano, tudo foi ao caos por motivo da instalação do Plano Collor, que levou a falência a principal atividade econômica de Peixoto de Azevedo, a exploração do ouro. Mesmo assim, o êxodo populacional se tornava cada vez maior.
Ao se deparar com este quadro caótico que se agravava dia-a-dia, o novo chefe do executivo local Leonísio Lemos, que em sua juventude no ano de 1977 foi Professor de Geografia e História em Juara na Escola Estadual Oscar Soares, resolveu então, levar os renascentes do garimpo, e fixa-los no campo, onde com o apoio da prefeitura, com lotes doados de 21 alqueires cada, ali pudessem trabalhar e conseqüentemente tirar o sustento próprio para si e suas famílias. Pois imensas áreas de terras sem produzir, estavam nas mãos de latifundiários de outras regiões.
Começava então, no ano de 1993, a ocupação do latifúndio pertencente à Agropecuária do Cachimbo, em que envolveu milhares de moradores de Peixoto de Azevedo. O prefeito, junto com o maquinário da prefeitura à frente, deu início ao processo de assentamento rural em uma gleba de terras, até então, completamente improdutiva. Desta forma, a cidade se desafogou e foi criado um centro de produção e de absorção de mão-de-obra no interior, o distrito tem como principal ponto Turístico a Cachoeira da Onze com uma queda d'água de 25 metros. ( livro "NA TRILHA DO OURO" do Escritor e Jornalista Vargas D. Pontes. ).
Hoje o Distrito União do Norte, já conta com um crescimento que acontece acima da média de outras localidades. Já foi encapado pelo INCRA, sendo também considerado modelo de reforma agrária. Estima-se que já ultrapassou aos 10.000 habitantes desde 2004, e contando com uma infra-estrutura razoável, pensa-se em emancipar, e os primeiros passos para isto já tramita na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Cultura
A cultura de Peixoto de Azevedo é muito variada, embora os habitantes descendem de várias regiões do país. Dentre os principais, se destacam o artesanato, a culinária, a música, o teatro e a pintura.
artesanato, por exemplo, faz parte do meio de vida da maioria da população, principalmente da classe baixa. Porém, são muitos os artistas escondidos, e aos poucos descobertos.
Entretanto, uma das atividades que mais se destaca em Peixoto de Azevedo, é sem dúvida, a música. Vários cantores peixotenses possuem talentos de sobra, principalmente os jovens. Alguns cantores de Peixoto de Azevedo já fazem sucesso até fora da cidade. Ao mesmo tempo, o Teatro também vem ganhando o seu espaço de destaque na cultura peixotense com ótimas apresentações na região norte do Estado.
Outro exemplo da cultura de Peixoto de Azevedo é o Jerico, ou Paco-paco. È um tipo de carro inventado na época do garimpo, acredita-se que foi inventado por garimpeiros gaúchos que se encontravam na região. Consiste de uma chassi de caminhonete com um motor ( usado na extração de garimpo ) na frente. Funciona à diesel e faz de 10 à 15 quilômetros por litro, sendo que alguns modelos chegam a fazer 30 km por litro. Se espalhou muito rápido na região, estima-se que existem mais de 600 paco-pacos em Peixoto e em sua cidade vizinha Matupá. Era muito usado no garimpo e atualmente é utilizado na agricultura sendo algumas vezes usado como frete.
Comunicação
televisão, o rádio e a internet são os principais meios de comunicação de Peixoto de Azevedo, são eles:
  • TV MIRAGEM Canal-11 - É a única emissora de TV de Peixoto de Azevedo. Inaugurada no dia 31 de Julho de 1994, filiada à Rede Record e faz parte da rede de jornalismo da TV Gazeta.
  • RÁDIO FOLHA FM (estério) 104, 9 - É a primeira FM da cidade e faz parte a da Associação Cultural de Peixoto de Azevedo, inaugurada em 2006.
Entre os sites, destacam-se:
  • PEIXOTO ON-LINE - Seu endereço é: "www.peixotoonline.com.br".
  • NOTÍCIA VIP - Seu endereço é: "www.noticiavip.com.br" .
  • RESUMO DIÁRIO - Seu endereço é: "www.resumodiario.com.br".
  • Matupá News - Seu endereço é: "www.matupanews.com.br" .
  • Agência News - Seu endereço é: "www.agencianews.com" .
  • Paroquia Nossa Senhora Aparecida - Seu endereço é: "www.paroquiapeixoto.com.br"

Contudo, vale ressaltar que Peixoto de Azevedo também recebe o sinal da TV OUROMINAS Canal-06, emissora do SBT de Matupá, cujo faturamento também depende do comércio peixotense. O mesmo se diz da RÁDIO CIDADE am 770khz e a cobertura do site: www.anoticiadigital.com.br
Acidente com o boeing da Gol Vôo 1907
O município ganhou os noticiários na manhã de 30 de setembro de 2006, quando em seu território ( próximo à Fazenda Jarinã ) foram localizados os destroços resultantes do segundo maior acidente aéreo ocorrido no Brasil. Trata-se do Vôo Gol 1907. O acidente ocorreu na tarde de 29 de setembro provocado pela colisão entre um boeing 737 da empresa GOL Transportes Aéreos e o jato executivo Embraer Legacy, ocasionando a morte de 154 passageiros. Para visualizar o local onde o avião caiu no Google Earth, dirija-se às coordenadas: 10 29 S 53 15 W. Este ponto fica a aproximadamente duzentos quilômetros a sudoeste da sede da cidade de Peixoto de Azevedo.
Fonte Wikipédia

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